domingo, 3 de maio de 2009

Uma escolha bem menos traumática

Hoje acordei com um sorriso nos lábios. Sonhei que a Scarlett Johansson me andava a passear num carrinho de bebé, no Madison Square Garden. Assistimos a um jogo dos Knicks. O Bill Murray fez-me cócegas na pancinha. O Pat Ewing tirou-me a chucha e só não levou uma regadela na testa, porque afinal eu estava de fraldas e acabei mesmo foi por ficar todo encharcado. Descobri que o Woody Allen não sabe construir piadas para crianças, desatei num pranto quando o McEnroe teve a ousadia de me pegar ao colo, mas adorei o colo almofadado da Mariah Carey. Jogo terminado (deve ter sido das poucas vezes em que um resultado me passou despercebido, mas estava em hipnose total com aquelas chupetas) e fui ver as montras com a minha yummy mummy. Consegui entornar uns frascos de perfume, agarrei-me a um bonsai a ver se ele podia vir brincar connosco e puxei as orelhas a um Labrador Retriever com uma paciência de santo. Para mal dos meus pecados, acabámos numa joalharia de volta dumas pulseiras, a que francamente não achei piada nenhuma na altura. Descobri que no carrinho transportava um porta-moedas bem carregadinho que julguei ser o meu pé de meia (ser filho de famosos deve dar uns bons rendimentos), quando a minha mãe de ocasião mo tirou para pagar. Ouvi a mamã a indagar preços entre prata e ouro (um pouco estranho, mas como me parecia que afinal era eu que pagava, achei apropriado que ela escolhesse a peça em prata). Chorei até arroxear, quando vi que a sacola das moedas ia ficar praticamente vazia, a ver se conseguia uma devolução atempada, mas acabei desarmado quando ouvi "Vá, chegou a hora do meu menino mamar." Caramba, tentei esfregar as mãos de júbilo mas para um bebé é difícil. O máximo que consegui foi esbugalhar os olhos, esbracejar e espernear vigorosamente e babar-me de excitação até me conseguir engasgar. Quando finalmente chegou a hora de meter os beiços nas minhas mamas de aluguer, toca o raio do despertador e arrebita caminho para o IKEA. Apesar de ter ficado a um danoninho de distância, há acordares muito piores.

P.S. Mãezinha, a prenda está escolhida mas podes trocar. Apesar da narração exaltada, o único artigo insubstituível és mesmo tu.

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