quarta-feira, 1 de abril de 2009

Não valia a pena pensar nisto

Imaginemos que por um feliz (ou infeliz) acaso, nós conseguimos reunir 11 mulheres e nem sequer somos muçulmanos. Imaginemos que são giras. Imaginemos que são boas. Imaginemos que por um acaso ainda mais feliz (ou catastrófico), elas são umas companheiras prendadas e pouco ciumentas, mantêm-nos a casa num mimo e satisfazem o nosso ego a todos os níveis. Nós, para não as deixarmos agonizar em ócio, nomeamos uma governanta, a qual distribui as tarefas e assegura o cumprimento das mesmas na nossa ausência (e em qualquer outra altura). Há quem lave a roupa, passe a ferro, cozinhe e por aí fora (não deve ser difícil encontrar onze tarefas diferentes, para quem sabe manter um lar com níveis de higiene aceitáveis, o que não é propriamente o meu caso). Imaginemos que nós temos uma preferida. Depravados como somos, óbvio que escolhemos a mais fogosa na cama. Aquela que nos realiza as fantasias mais badalhocas. Aquela que preferimos exibir na rua. Aquela que é tão boa, que toda a nossa rua sofre de um torcicolo recorrente. Agora imaginemos que num momento infeliz (indubitavelmente), nós concedemos à nossa cabeça acéfala o poder de decisão e por uma estupidez absoluta, nomeamos a nossa boazona de governanta e deixamos a mais sensata entregue à tábua de passar a ferro. Imaginemos que comemos com as consequências. As outras começam a não achar piada (além de ser a "preferida", ainda caga sentenças). Depois, a gaja é podre de boa, sabe que é podre de boa, vangloria-se de ser podre de boa e não sente necessidade de primar pela eficácia. As outras deixam-na entregue a ela própria, instalando-se a desarmonia. A gaja começa a ficar irritadiça e já nem na cama manda umas burlaitadas como deve ser. Nós começamos a ficar genuinamente fodidos (não percebemos nada da manutenção de um lar, mas já nos tínhamos habituado aos luxos). Moral da história?

"Quem é que foi o iluminado que nomeou o Ronaldo capitão da selecção?"

Sem comentários:

Enviar um comentário