quarta-feira, 8 de abril de 2009

Més que un club

Pode-se dizer que para uma disputa ser muito desequilibrada, tudo tem de correr muito mal a uma das partes e muito bem à outra. E, aqui para nós, ninguém mais do que o Bayern merecia este pesadelo. Mas verdadeiramente, aquele Barcelona é um assombro. Aparte a pressão que exerce no campo todo quando não tem a bola, o que impressiona nestes catalães é o que conseguem fazer quando a têm, consolidando a sua estratégia na multiplicidade de escolhas nos vários momentos. Quando detêm a posse de bola, o jogador em questão nunca tem só uma opção, e quando toma a sua decisão, toda a equipa evolui e propaga a criação das escolhas seguintes, valorizando cada individualidade e deixando o adversário num estado de desorientação quase total. Presumo que isto exija cargas de trabalho táctico colossais às nobrezas presentes (e a renúncia de muitas tolerâncias de ponto).

A partir daí tudo é fácil, quando se tem a mestria de Xavi, o cinismo do mínimo esforço de Iniesta, a magia de Messi, o pêndulo compensador de Touré, a diversidade das movimentações de Henry e Eto'o, os desequilíbrios de Daniel Alves, enquanto cá atrás, não fosse o estilo "Rotweiller" de Puyol, e Piqué e Marquez bem podiam ser a linha mais atrasada duma equipa de matraquilhos. Absoluto e total. Fiquei rendido.

Clubismos à parte, o Porto ontem foi enorme. Uma equipa solidária eclipsa quaisquer nomes. Que sirva de lição de humildade a outros.
Teorizar sobre futebol!!! Onze contra onze e uma bola redonda. Ainda bem que nunca ninguém vai chegar a ler isto...

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